29 agosto 2010

Contradição


Acho incrível essa coisa de viver na calmaria, altamente influenciada pelo meu gosto por MPB e todas essas coisas.
Eu tenho um lado muito punk, muito anárquico mesmo, que é meu por natureza, foi só complementado pela literatura. Eu vivo nessa, das revoltas e de não deixar ninguém tomar conta do meu ser. Faz parte de mim.
Mas eu gosto do pessoal que é do sossego. Gosto do pessoal da paz, caseiros e talz. Gosto dessa vibe verde.
Ontem, sábado, eu andei de bicicleta, arrumei o quarto, joguei vídeo-game com meu melhor amigo até tarde, cheguei em casa e dormi.
Hoje, li umas coisas na internet, vou ver filme agora, depois vou ao teatro. Gostoso isso sabe? Sem aquela bebedeira, música alta, barbaridades e coisas afins, das baladas por ae. Não discrimino, também faço parte desse contexto, meio a contragosto, mas faço.
Mas eu quero compreender melhor que eu sou as duas coisas. Eu sou sair e ver uns shows e chegar 6 da manhã em casa, depois de ter dançado horrores meus anos 80 na pista. E eu sou também acordar cedo, andar de bicicleta, ouvir Caetano e Little Joy!

Vai ver é por isso que eu gosto tanto do John [é, o Lennon]. O cara também tem esse dualismo, faz música sobre revolução e depois faz música sobre paz mundial... Que no fim dá na mesma, é o mesmo objetivo.

Esses meus universos se completam, não estou pronta para deixar nenhum dos dois de lado. Percebo que o lado “noite” engole o outro, se eu deixar. E o lado “verde” é mais passivo, aparece devagar, mas quando se instala em mim, adeus barulhos, bebidas e pessoas.

É claro que estou na vibe verde agora, mas faz bem pra mim. Resolvo meus problemas [e os dos outros] com mais compaixão, mais serenidade.

25 agosto 2010

Gostaria de poder escrever palavras de entusiasmo, otimismo e etc. Mas não tem sido sempre assim agora.

E está dando tudo errado, tudo errado, tudo errado.
Os amigos estão, um a um, me deixando [todos com razão!], estou mega doente de tudo que você possa imaginar!
Aqui em casa tem milhões de problemas para resolver. No trabalho também.

Epa epa epa....Só me restam duas opções: ou o suicídio ou arrumar toda essa bagunça. Pois viver desse jeito não mais, nem um dia sequer.

Primeira opção: ok, suicido. Perco de ver o show do Pixies que eu já comprei ingresso. Perco de ver Paul McCartney quando ele vir para o Brasil de novo; Deixaria minha avó mega frustrada; deixaria minha irmã mega confusa e com uma influência duvidosa sob sua personalidade; não visitarei a França; não terei a alegria de passar numa pública; não farei mestrado em Psicologia Social; não farei uma tatuagem; não tomarei 3 tequilas; não completarei a lista de 101 coisas em 1001 dias; não pedirei exoneração no mesmo dia do Allan. Enfim, não veria, não faria, não aconteceriam mil coisas. Melhor deixar essa idéia, tão comum em meus pensamentos, para lá.

Ta, segunda opção: eu conserto tudo isso. Toda essa bagunça e confusão. Sinceramente, está mais fácil desencanar de certas coisas do passado e ir em busca do novo. Começar do zero. Encarar esse vazio, esse nada. Live and let die.

Estou muito mais atraída por esta idéia de abstração, de desencanar de todas essas tretas e viver em outra freqüência, porque é isso que minha vida está me pedindo agora.

Floral? Vou passar a vida toda tomando remedinho toda vez que eu surtar e ser punk de verdade? Mas funciona, ué. Não sei.

Já comecei do zero mil vezes. Já mudei, desencanei, surtei, desencanei.

Talvez este caminho que me aparece agora seja covarde. Mas até a coragem para ver outro caminho aparecer, é por este que eu vou.

Como um pássaro perdido


Ando mega descrente em relação às pessoas.
Ás vezes me pergunto porque raios faço Psicologia, se nem eu consigo interagir de forma saudável em algumas fases e ambientes.
É uma fase estranha, bizarra. Começou dando seus primeiros sinais há dois meses, e agora parece se alastrar.
Ando só.
Extremamente só.
Ta, não tenho relacionamentos amorosos há certo tempo, mas não costumo medir minha solidão somente baseada nesse quesito. Ando só, de amigos. Há dois meses descobri uma mega traição. Perdi uma amiga que nunca tive, na verdade. Beleza E briguei com uma amiga, essa sim de verdade. Foi briga de princípios, foda de se resolver. Me afastei do meu grupo de amigos de “fim-de-semana”, de forma opcional, tudo bem. Faço parte de um trio, um tripé [como um dos integrantes sempre diz]. Gosto muito deles, mas a gente briga tanto!!! Eles estão muito próximos e eu, cada vez mais distante. Tenho o SMA [sigla gay que surgiu numa brincadeira, e agora é sério], meu melhor amigo. Era sempre dele que eu me lembrava quando me sentia muito só ou muito difícil de lidar. E não é que ele também está estranho? Ele tem esses lances, de se afastar e voltar, assim como eu. É, talvez ele só precise do seu tempo, assim como eu preciso do meu.
Aqui em casa nem preciso comentar. As brigas voltaram.
Talvez seja uma TPM eterna. Talvez seja mania de perseguição. Ou talvez eu seja um porre mesmo!
Sempre que me perco nesse pensamentos, me lembro que meu maior projeto do ano que vem é deixar essa cidade, esse trabalho, essa faculdade, tudo isso! Mesmo assim, não quero sair como fugitiva. Quero sair com saudades e deixando saudades!
Não sei, mesmo. Não sei o que acontece.
Talvez seja uma daquelas mil fases da minha vida em que os livros e as músicas me entendam melhor.

17 agosto 2010

Definitivamente,

preciso do ócio para construir conhecimento!

15 agosto 2010

“Essas vontades de súbito.”

Sim, essa foi uma das frases de ontem. Já me fez pensar sobre mil coisas.
Engraçado como as pessoas se dividem quando o assunto é impulsividade.
Alguns dizem que isso me faz espontânea, me faz única e blábláblá. Outros, talvez mais contidos estes, criticam de forma negativa e suplicam pensar antes de agir. Oras, nunca matei ninguém, nunca raspei o cabelo, nem fiz alguma tatuagem ridícula, sob ímpeto. Apenas algumas coisas.[ta, váááárias coisas, durante 20 anos!] Talvez vivendo dessa maneira durante praticamente toda a minha vida eu tenha magoado algumas pessoas. Mas talvez não magoar ninguém seja um objetivo utópico!
Gosto daqueles dias em que nada é planejado, mas sempre dá tudo certo! Os dias em que você sai sem saber direito para onde vai, ou o que fará! E sempre se diverte, pois conhece pessoas, e faz coisas inesperadas. Acredito que felicidade é isso!

01 agosto 2010


Um vazio, um frio. Um friozão lá fora, mas aqui talvez esteja pior.
Uma ventania que dá de repente. E me deixa nua. Eu e meus pensamentos.
Não sou vazia. E talvez esteja cheia.
Já não sei o que fazer.

Buscar compreensão e algo que me complete nos livros e filmes é um tanto quanto triste.
Já não bebo mais. Sinto um cheiro que não me pertence.

Faz tempo que não me encanto. Há muito tempo atrás, num certo dia, percebi que a felicidade está em um sorvete, em um filme, em uma risada, em um encontro com amigos.

E o que é felicidade agora?
Minha foto
Sorohell
Devaneios e ventania.Tolices de uma garota quieta que fala demais.