03 novembro 2011

'Você quer terminar?'

'Um fim de semana em outro mundo
Pode ser a salvação
Pode ser loucura
Acreditar que ainda exista salvação
Só se for contigo
Só contigo
Duas noites no deserto'

Eu quero sumir deste mundo, mas só se for com você. Passar o Ano Novo em São Tomé das Letras, ou em qualquer outro lugar. Ter nossa casinha com geladeira retrô, jardim com todas as flores e ervas que desejarmos, cachorros e gatos, filhotes do Fred e a Nico, nosso quarto secreto com espelhos, nosso casal de gêmeos. Todas as viagens que faremos, e festas, bebedeiras, esquecimentos. Comemorações pelo que der certo, algumas conversas sérias em momentos adultos. Ganhar massagem e, quem sabe um dia, aprender né?
Dormir enroscadinha no meu fedido,trocar colares, ver peças, inventar outros nomes, andar de bicicleta, tirar 72 mil fotos, trocar músicas, se perder por aí, fazer bagunça na cozinha.
Trepar, trepar hard, trepar bonitinho, trepar que nem leão, trepar brisados.
As mil coisas que já aconteceram e as milhões que vão acontecer. E o agora.

É, acho que eu já sei responder sua pergunta.

01 setembro 2011

Vida Virtual

Tantas redes sociais por aí, uso muitas das disponíveis. Mas nesses dias de crise percebo o quanto todas elas são vazias. Não importa quantos posts eu tenha, seja aqui, no face, no twitter, nos dois tumblrs ou em qualquer outro lugar. Não muda muita coisa, não me sinto acolhida ou ouvida. Por mais que algumas (ou muitas) pessoas conversem comigo nessa vida virtual, eu queria outra coisa. Não estou menosprezando ninguém, nem mendigando atenção. Mas eu quero outro tipo de contato. Um colo, um bom papo, um abraço apertado, dividir um sorvete com alguém, um cinema, até mesmo um telefonema. Seja do namorado, dos melhores amigos, dos amigos, dos quase-amigos, mas tem que ser de alguém. Tão 'perto' de tanta gente, e tão longe. Conectada 24 horas por dia e sozinha. É preciso fazer contato, EU preciso fazer contato.

01 agosto 2011

Sobre não-sei-o-que

Bosta bosta bosta. Preciso falar, escrever, vomitar tudo. Eu não sei o que eu to sentindo, mas calma não é. Talvez seja um certo desespero de quem sempre tem mil coisas pra fazer e, de repente, não fez 'nada' das obrigações por dois dias seguidos!
Vontade de fugir, sabe? To me sentindo sufocada, não por ninguém além de mim.
Aquela situação em que você não sabe nem que som ouvir, você não sabe se está com fome, você não sabe nem se está sangrando ou se está doendo. Você não sabe.
Todos os sentidos e todas as suas experiências somem, é como se você tivesse nascido ontem. Ou hoje de manhã. Você simplesmente não sabe, não sabe o que está sentindo.
Tomar qualquer decisão assim, nem que seja sobre comer pão ou batata, é impossível. O lance de ter perdido uma calcinha faz me sentir uma criança que perdeu um bichinho de pelúcia que levei na casa da amiguinha. Minhas costas doem, ou não. Quero tomar banho agora, ou não. Quero ir embora o mais rápido possível, ou não.
Embora eu saiba que isso não faz o mínimo sentido, é a única coisa que eu sei que estou sentindo agora: dúvida. Além da vontade absurda de comer brigadeiro. Se eu pegar um ônibus agora, não vou conseguir ler nada, nenhuma música será boa o suficiente, falar com alguém será muito difícil e a saudade de sei lá o que que ainda não sinto, mas sei que deveria.
Pois é, este é um texto sobre não-sei-o-que. às vezes tenho vontade de comer carne, em outras acho que gosto de ser complicada mesmo. Sentar na varanda ouvindo Arcade Fire e fazer uma pessoa sensível chorar não são coisas legais de se fazer - tirando a parte do Arcade Fire, isoladamente. Mas foi inevitável.
Talvez seja TPM, talvez seja uma culpa por sentir o vazio que estou sentindo agora. Eu não sei. E provavelmente não saberei por muito tempo.

31 de julho de 2011.

16 julho 2011

Sábado

Estou aqui esperando meu esmalte verde-água (um igual ao que dei para a melhor amiga) secar, me entupindo de ouvir Sonic Youth, com o quarto arrumado, um cabelo muito mais curto e muito mais preto. Estou aqui com fome, com uma panqueca de queijo me esperando. Aliás, duas panquecas de queijo. Estou aqui admirando minha gata na janela.
Eu poderia listar todas as coisas que estão me irritando, me deixando louca, com vontade de chorar, vomitar e simplesmente te ignorar para sempre. Mas não vou, pois sei que você vai ler isso muito em breve.
Então, por favor, da próxima vez que você me perguntar o que eu quero, eu já sei! É incrível, agora eu sei o que eu quero: EU QUERO QUE VOCÊ VÁ SE FODER!

28 maio 2011

Sobre o eterno desencanes

Vai ser assim: eu vou conhecer um guri num lugar completamente aleatório e ele vai virar meu super amigo em dois dias, porque a gente não vai parar de se falar em todas as redes sociais possíveis. A gente vai se encontrar nos lugares, por acaso ou não. Ele vai ficar afim de mim, eu vou achá-lo o máximo (por 48 horas) e a gente vai ficar. Ele vai dizer o quanto eu sou legaaaaal e apaixonável e eu vou ficar encantada se a gente jogar vídeo-game junto, ou se ele for de esquerda ou se tiver um gosto musical decente. Eu vou xingá-lo porque tem uma música da Cristina Aguilera no Ipod, mas vou achar a coisa mais fofa ele ter deixado o Abbey Road inteiro lá. Vamos discutir sobre filmes preferidos, eu vou à casa dele jogar Mario e vou até viajar sobre a possibilidade de coisas estranhas (estranhas para mim, normais para o resto do mundo). Ele vai me mandar milhões de sms e ficar horas e horas no MSN comigo. Eu vou adorar o perfume que ele usa e o estilo de vida que ele tem. Ele vai se irritar com meu eco-feminismo/anarco-punk. No máximo vai se interessar um pouco. As duas semanas iniciais vão passar. Eu vou ter preguiça de vê-lo ou ele mora em outra cidade ou a mãe dele o proibiu de sair de casa ou sei lá o que. Eu vou me irritar. Eu vou ter TPM. O guri vai cair na real e ver que eu sou chata pra caraleo e nunca mais vai me chamar de chuchu nem ligar a web cam para me dar boa noite. Eu vou perceber que ele está se afastando. Se ele me tratar mal, mesmo que sem querer, uma vez, fudeu para sempre. Eu vou me proteger. Se ele me ignorar, não vou sentir um pingo de surpresa. Ele vai deixar de me mandar sms. Eu não vou mais falar com ele, mas não como birra, é porque acontece. SEMPRE ACONTECE. É sempre assim. Todas as minhas histórias recentes são assim. Eu vou desencanar tão rápido, mas tão rápido que vai parecer que eu nunca dormi e acordei pensando no guri. E eu vou encontrá-lo por aí e, com total desprendimento, vou conversar e trocar altas idéias. Assim, sem nenhum problema. Por que? Por que? Ouço tantas histórias das minhas amigas. Essas que amam para sempre, essas que amam por um ano ou dois o mesmo cara, essas que sofrem. Essas que não são correspondidas, essas que são e se apaixonam. Eu também já amei, eu já fui apaixonadinha. Poxa. Parece que qualquer mancadinha mínima que o cara dar, eu desencano para sempre em dois segundos. Até quando eu vou fugir por medo de me machucar?

04 abril 2011

Ouvindo Stay

Que estranha que é a vida. A dor de ontem já nem me dói mais, já nem é dor.

Mas aquela de anos atrás...
Sentimentos infantes ecoando pelas paredes e pela caixa de som. Porque há uma beleza, uma beleza tão grande em cada choro de criança, em cada sorriso cansado de vendedor, em cada passo devagar das senhorinhas, crianças correndo, cachorros descansando nas calçadas, que eu não agüento. Há muita beleza no mundo e não agüento, porque ela machuca.
O mundo cotidiano tem as maiores belezas.

(22.02.2011)

10 fevereiro 2011

Adeus você?




Eu quis escrever milhares de coisas, pois fiquei com medo de esquecer. Afinal, eu sempre esqueço de tudo! Quis escrever sobre o momento que olhei aquele menino quieto e barbudo do outro lado do carro, olhando pela janela, e percebi que algo dentro de mim doía, de forma boa. E o pertencia.
Quis escrever sobre o dia em que o vi na rodoviária e o surto de felicidade além do permitido. "Não olha Mah, não olha". Meu veterano, a banda, Black Crowes. O dia, ou melhor, noite que o encontrei com uma amiga em comum. Nossa primeira (e única) tequila. Muitas outras tequilas (minhas) depois, "coragem" que me fez perguntar para a pessoa errada. "Sai daí Mah". Flores Astrais e Marx.
Quis escrever sobre uma conversa de duas Marias em plena segunda-feira, num banheiro verde. Minha paixonite por outros, o término dramático com o melhor amigo.Você é legal além do permitido.
Um começo inesperado, um beijo de pessoas tímidas. De repente quinta-feira, Ava Adore, esquerdas, a camisa xadrez mais linda do mundo, 500 dias com ela, Pixies, mãos dadas, buzinas, vergonha, alegria alegria. Cover de Strokes, bate-cabeça de mulher, beijos na frente dos amigos, infância, vestidos, nossos antigos professores-historiadores-amores-platônicos, amigos bêbados, vermelho, cadeiras, a vida é doce, incrível vontade rara de abraçar por dentro!
Escrever sobre uma semana longa, MSN, vou casar, Dogs!!!!!!!! Lei da relatividade, barbas para sempre por favor, ask me, Último Romance dos los hermanos, TPM, crises depressivas, cachorra/gata/surtos, felicidade crescendo crescendo crescendo, prints, overdose de abraços. Ah é?
Não sei se realmente quis escrever sobre sábado, ligações estranhas, ex, mal-entendidos, falta de compreensão, meus amigos me salvando, show em que saí do meu corpo, ela e suas caretas, essa cidade é um ovo, então vai. Mas eu precisei escrever sobre tudo isso.
Escrever sobre um fim de sábado muito lindo e um domingo estranho. O mesmo domingo do: perae EU TO APAIXONADA! Hurt, Perfect, Desterro, choro, "você só pega na minha mão quando a luz está apagada",luz acesa, "não é não"; meu passarinho foi embora e nunca mais voltou meu passarinho meu beija-flor. Amigos de longa data, todo o Bloco do eu sozinho e eu ali no meio.
Segunda-feira medonha, gastrite, a 2º camisa xadrez mais linda do mundo, amigos que não se tocam, desencana, NÃO SOLTA DA MINHA MÃO, não solta da minha mão. Colo, carinho, eu não acredito. "Adeus você. Eu hoje vou pro lado de lá. Eu tô levando tudo de mim. Que é pra não ter razão pra chorar. Vê se te alimenta e não pensa que eu fui por não te amar. Quero ver você maior, meu bem. Pra que minha vida siga adiante" Certeza? Certeza? Beijo. Gente bocó e gente boba. Eu não choro né? O menino do desenho. Favor? Promessas a cumprir. Construção social, o cara do portão, xixi. "O retorno é bem melhor quando permitimos a partida". Não tenha medo de se apaixonar pelas pessoas. Filha-da-puta fofo. Mil beijos com amor no pescoço. Anestesia natural. Amigos. 2 da manhã. Dói né?
Eu quis escrever sobre milhares de coisas, porque tive a linda ilusão de que as esqueceria também.

18 janeiro 2011

Oi você que não atende. Tudo acabou. Tudo passou. Como eu disse que passaria mesmo. Restam faíscas. Eu posso alimentá-las se eu quiser. Mas eu não quero.

E era mentira. Eu tinha uma bala.
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Sorohell
Devaneios e ventania.Tolices de uma garota quieta que fala demais.