05 dezembro 2010

Dessa dor eu havia me esquecido.

Dessa dor eu havia me esquecido.
Eu até mesmo pensei que nunca mais a sentiria, pensei que não era capaz, pensei estar sem coração para sempre, pensei não poder mais sentir, pensei não sentir o peito sufocado, pensei nunca mais querer sair correndo, pensei que nunca mais ligaria feito louca para alguém, pensei que não falaria coisas horrorosas e absurdas na hora da raiva.
Pensei que não riscaria mais folha de papel nenhuma pra espantar o desespero. Pensei que não perderia o controle. Pensei que não magoaria mais, de forma tão violenta. E pensei que eu não me magoaria também.
Pensei que eu havia crescido, amadurecido, me tornado uma guria-quase-mulher independente e desencanada para sempre. Pensei que o feminismo sempre presente havia tomado conta do meu ser por completo, e talvez tomou sim, mas sentir vai além.
Pensei que não ficaria jogada na cama, chorando, ouvindo Invincible do Muse por 7854 vezes seguidas. Pensei que não mais fosse capaz de ler mensagens antigas e pensar “que tempos bons aqueles do mês passado.” Pensei que não mais perderia alguém tããão especial. Pensei que não iria mais fazer uma tentativa de ordem “venha aqui, atenda, preciso falar com você.” Preciso tanto falar com você.

Mas pensei tudo errado.
Eu ainda sinto, eu ainda sofro, ainda sou insegura, ainda fico mal, chorando e ouvindo a mesma banda. Eu ainda sou capaz de ficar vendo fotos, sou capaz de postar coisas para a pessoa ver. Sou capaz de ficar mil minutos em silêncio no telefone e depois chorar. Sou capaz de exigir mais do que a pessoa pode dar e exigir é algo que nunca mais achei que faria com alguém.

Eu ainda sou capaz de sentir o peito queimar, uma vontade louca de falar com qualquer amiga, porém uma dor tão grande que nem tenho coragem de ligar para nenhuma. Sou capaz de ter vontade de tomar remédio pra dormir, mas não faze-lo esperando que eu ainda possa resolver as coisas hoje, e sóbria.

Eu pensei que não sentiria mais nem as coisas boas, o calorzinho de beijar alguém, e a master vontade de estar perto o tempo todo. Pensei que nunca mais pensaria em alguém antes de dormir e ao acordar. Pensei que não associaria mais músicas a guris.

Pensei tanta coisa, mas vejo que eu estava errada.
Dessa dor eu havia me esquecido, mas ela está bem aqui agora.

05 novembro 2010

Nostalgia

(ouvindo Marina Lima)

“Foi pra aula?”

“Fui nada.”

Dormir no sofá com um livro na barriga. Sonhei com um vizinho estudante de medicina querendo assinatura de jornal. Acordei, chamei minha mãe. Não estava. Não havia luz. Bateu um desespero mínimo. E aí que eu não lembrei de ninguém.

Quando eu estou na vibe anos 80, quero ser engolida por algum túnel do tempo, alguma coisa tipo Donnie Darko, uma coisa maior que eu, pra eu poder sentir como foi tudo aquilo, tudo aquilo daquela década.

E está tudo relativamente sem sentido nesta noite de sexta-feira pós “apagão”, luz de velas, psiquiatra e família. Vazio preenche?
O vazio da vida parece me abraçar, me abraçar bem forte e eu me sinto tomada por esta coisa que aparenta ser tão maior que eu que é o universo.

16 outubro 2010

Life is about creating



Umas crises, umas coisas. Mistura de sei lá o que com coisa e tal.
Vontade de descobrir o mundo, morder fruta suculenta, sair andando de bicicleta em dia de Sol e livros e café em dias de chuva. Ou o contrário.
Vontade de dormir, de acordar. De comer, tomar banho. Vontade de trabalhar, estudar. Vontade de ler, procrastinar. Fazer tudo e fazer nada. Ouvir todas as bandas boas do mundo [mas como saberei quais são boas? Terei de ouvir todas!].
Vontade de juntar dinheiro, ir a todos os shows fodas, tirar boas fotos, conservar os bons amigos, construir boas lembranças.
Vontade de amar as pessoas, de todas as maneiras possíveis. Vontade de conhecer gente nova, ir àquela festa de desconhecidos, ir ao teatro com amigos, ver um filme sozinha em casa.
Umas crises, umas coisas. E, sobretudo, uma grande vontade de viver!

03 outubro 2010

Estou escrevendo este texto sob efeito de alcool. Mas não vai mudar o conteúdo quando eu estiver sóbria. [Talvez os erros]

Mais importante que encontrar alguém foda, "nossa, como ele é foda e talz, ele é assim e assado", é encontrar alguém que te ame do jeito que você é. "poxa, que legal, você só usa preto...poxa, que massa, você vê qualquer peça de teatro", e por aí vai.

Cansei, cansei mesmo. Cansei dessa cidade, das pessoas daqui. Cansei desses meus conceitos de "gente interessante". Férias. Para longe.

14 setembro 2010

Enquanto isso...


(Post escrito ouvindo Older Chests – Damien Rice)

Eu sempre me apaixono por personagens. E acho que estou numa daquelas fases da vida em que me apaixono por tudo, menos por meninos de fato. Conheço vários interessantes, já me envolvi com alguns, com outros nem em sonho, enfim.... Já conversei sobre isso várias vezes com algumas amigas. Mas eu sinto falta de me apaixonar. Sim, porque eu fui MEGA apaixonada e correspondida. Foi legal, acabou, sussa em relação a isso. Mas, ah,
Talvez um amigo esteja certo: “você se fechou naquele seu estereótipo de menino perfeito-no-seu-estilo”. É, talvez eu não consiga enxergar menino que não está de All Star, menino que não ouça Beatles com tanta freqüência, menino que não é viciado em filmes, menino que não tem barba e que não é meio anarquista. Talvez eu não consiga enxergar quem está simplesmente do meu lado.
Quando eu penso nas pessoas mais importantes da minha vida, eu penso em quão diferente nós éramos e em como nós modificamos a vida dos outros e vice-versa.
Aquela amiga que eu deixei mais questionadora, e ele me deu mais segurança. A outra que me fez ver beleza em coisa pequena enquanto eu “ensinei” a ser mais desencanada. Aquele carinha lá que ficou mais alternativo por estar do meu lado, enquanto eu aprendia a ser mais metaleira! E tem aquele outro que me liga quando vai comprar um All Star novo, pra eu palpitar sobre a cor. Me pergunta sobre os piercings que vai colocar, lembra de mim toda vez que o professor de História fala algo sobre revolução socialista; me pergunta o nome da banda aqui ou que filme é aquele lá; e é quem me ensinou a mandar mensagem de boa noite ou mensagem “por nada mesmo”, aquele que me “ensinou” a provocar a curiosidade das outras pessoas sobre a nossa suposta relação, só por diversão. Aquele que estimulou minhas idéias totalmente renovadas sobre estudar e emagrecer. Este que me ensinou um novo significado para a palavra confiança. Mesmo eu levantando da cama toda vez que ele deita. Talvez tenha me ensinado a receber elogios sem morrer de vergonha.
A magia de se envolver com as pessoas é a marca que deixamos nelas, e que elas deixam em nós. E isso é para sempre, você sendo igual a mim, ou não.

E talvez eu esteja na fase esquisita de me apaixonar por tudo, por músicas, por personagens, por filmes, pessoa que nem conheço, mas não por quem está do meu lado. E talvez isso seja melhor, seja a melhor e mais sensata coisa a se fazer. Então posso ter um amigo para sempre ao invés de um amor por dois anos.

“Você é uma pessoa muito interessante. Um mundo novo a ser descoberto. Tão rica. Complexa e cheia de coisas.”

E mesmo este sendo um dos elogios mais legais e espontâneos que eu ouvi em toda minha vida, sim eu prefiro me apaixonar por tardes sem nexo, dando risada horrores, andando no Sol e reclamando, fingindo que vai ao banheiro só para conversar no corredor, noites jogando vídeo-game ou vendo fotos comprometedoras, xingando você de palavrões e sendo tão compreendida, porque você sabe que é mentira e nunca fica bravo de verdade. Eu prefiro me apaixonar por todos estes momentos do que por você! Porque eles sempre serão eternos e desta forma a nossa amizade também.

29 agosto 2010

Contradição


Acho incrível essa coisa de viver na calmaria, altamente influenciada pelo meu gosto por MPB e todas essas coisas.
Eu tenho um lado muito punk, muito anárquico mesmo, que é meu por natureza, foi só complementado pela literatura. Eu vivo nessa, das revoltas e de não deixar ninguém tomar conta do meu ser. Faz parte de mim.
Mas eu gosto do pessoal que é do sossego. Gosto do pessoal da paz, caseiros e talz. Gosto dessa vibe verde.
Ontem, sábado, eu andei de bicicleta, arrumei o quarto, joguei vídeo-game com meu melhor amigo até tarde, cheguei em casa e dormi.
Hoje, li umas coisas na internet, vou ver filme agora, depois vou ao teatro. Gostoso isso sabe? Sem aquela bebedeira, música alta, barbaridades e coisas afins, das baladas por ae. Não discrimino, também faço parte desse contexto, meio a contragosto, mas faço.
Mas eu quero compreender melhor que eu sou as duas coisas. Eu sou sair e ver uns shows e chegar 6 da manhã em casa, depois de ter dançado horrores meus anos 80 na pista. E eu sou também acordar cedo, andar de bicicleta, ouvir Caetano e Little Joy!

Vai ver é por isso que eu gosto tanto do John [é, o Lennon]. O cara também tem esse dualismo, faz música sobre revolução e depois faz música sobre paz mundial... Que no fim dá na mesma, é o mesmo objetivo.

Esses meus universos se completam, não estou pronta para deixar nenhum dos dois de lado. Percebo que o lado “noite” engole o outro, se eu deixar. E o lado “verde” é mais passivo, aparece devagar, mas quando se instala em mim, adeus barulhos, bebidas e pessoas.

É claro que estou na vibe verde agora, mas faz bem pra mim. Resolvo meus problemas [e os dos outros] com mais compaixão, mais serenidade.

25 agosto 2010

Gostaria de poder escrever palavras de entusiasmo, otimismo e etc. Mas não tem sido sempre assim agora.

E está dando tudo errado, tudo errado, tudo errado.
Os amigos estão, um a um, me deixando [todos com razão!], estou mega doente de tudo que você possa imaginar!
Aqui em casa tem milhões de problemas para resolver. No trabalho também.

Epa epa epa....Só me restam duas opções: ou o suicídio ou arrumar toda essa bagunça. Pois viver desse jeito não mais, nem um dia sequer.

Primeira opção: ok, suicido. Perco de ver o show do Pixies que eu já comprei ingresso. Perco de ver Paul McCartney quando ele vir para o Brasil de novo; Deixaria minha avó mega frustrada; deixaria minha irmã mega confusa e com uma influência duvidosa sob sua personalidade; não visitarei a França; não terei a alegria de passar numa pública; não farei mestrado em Psicologia Social; não farei uma tatuagem; não tomarei 3 tequilas; não completarei a lista de 101 coisas em 1001 dias; não pedirei exoneração no mesmo dia do Allan. Enfim, não veria, não faria, não aconteceriam mil coisas. Melhor deixar essa idéia, tão comum em meus pensamentos, para lá.

Ta, segunda opção: eu conserto tudo isso. Toda essa bagunça e confusão. Sinceramente, está mais fácil desencanar de certas coisas do passado e ir em busca do novo. Começar do zero. Encarar esse vazio, esse nada. Live and let die.

Estou muito mais atraída por esta idéia de abstração, de desencanar de todas essas tretas e viver em outra freqüência, porque é isso que minha vida está me pedindo agora.

Floral? Vou passar a vida toda tomando remedinho toda vez que eu surtar e ser punk de verdade? Mas funciona, ué. Não sei.

Já comecei do zero mil vezes. Já mudei, desencanei, surtei, desencanei.

Talvez este caminho que me aparece agora seja covarde. Mas até a coragem para ver outro caminho aparecer, é por este que eu vou.

Como um pássaro perdido


Ando mega descrente em relação às pessoas.
Ás vezes me pergunto porque raios faço Psicologia, se nem eu consigo interagir de forma saudável em algumas fases e ambientes.
É uma fase estranha, bizarra. Começou dando seus primeiros sinais há dois meses, e agora parece se alastrar.
Ando só.
Extremamente só.
Ta, não tenho relacionamentos amorosos há certo tempo, mas não costumo medir minha solidão somente baseada nesse quesito. Ando só, de amigos. Há dois meses descobri uma mega traição. Perdi uma amiga que nunca tive, na verdade. Beleza E briguei com uma amiga, essa sim de verdade. Foi briga de princípios, foda de se resolver. Me afastei do meu grupo de amigos de “fim-de-semana”, de forma opcional, tudo bem. Faço parte de um trio, um tripé [como um dos integrantes sempre diz]. Gosto muito deles, mas a gente briga tanto!!! Eles estão muito próximos e eu, cada vez mais distante. Tenho o SMA [sigla gay que surgiu numa brincadeira, e agora é sério], meu melhor amigo. Era sempre dele que eu me lembrava quando me sentia muito só ou muito difícil de lidar. E não é que ele também está estranho? Ele tem esses lances, de se afastar e voltar, assim como eu. É, talvez ele só precise do seu tempo, assim como eu preciso do meu.
Aqui em casa nem preciso comentar. As brigas voltaram.
Talvez seja uma TPM eterna. Talvez seja mania de perseguição. Ou talvez eu seja um porre mesmo!
Sempre que me perco nesse pensamentos, me lembro que meu maior projeto do ano que vem é deixar essa cidade, esse trabalho, essa faculdade, tudo isso! Mesmo assim, não quero sair como fugitiva. Quero sair com saudades e deixando saudades!
Não sei, mesmo. Não sei o que acontece.
Talvez seja uma daquelas mil fases da minha vida em que os livros e as músicas me entendam melhor.

17 agosto 2010

Definitivamente,

preciso do ócio para construir conhecimento!

15 agosto 2010

“Essas vontades de súbito.”

Sim, essa foi uma das frases de ontem. Já me fez pensar sobre mil coisas.
Engraçado como as pessoas se dividem quando o assunto é impulsividade.
Alguns dizem que isso me faz espontânea, me faz única e blábláblá. Outros, talvez mais contidos estes, criticam de forma negativa e suplicam pensar antes de agir. Oras, nunca matei ninguém, nunca raspei o cabelo, nem fiz alguma tatuagem ridícula, sob ímpeto. Apenas algumas coisas.[ta, váááárias coisas, durante 20 anos!] Talvez vivendo dessa maneira durante praticamente toda a minha vida eu tenha magoado algumas pessoas. Mas talvez não magoar ninguém seja um objetivo utópico!
Gosto daqueles dias em que nada é planejado, mas sempre dá tudo certo! Os dias em que você sai sem saber direito para onde vai, ou o que fará! E sempre se diverte, pois conhece pessoas, e faz coisas inesperadas. Acredito que felicidade é isso!

01 agosto 2010


Um vazio, um frio. Um friozão lá fora, mas aqui talvez esteja pior.
Uma ventania que dá de repente. E me deixa nua. Eu e meus pensamentos.
Não sou vazia. E talvez esteja cheia.
Já não sei o que fazer.

Buscar compreensão e algo que me complete nos livros e filmes é um tanto quanto triste.
Já não bebo mais. Sinto um cheiro que não me pertence.

Faz tempo que não me encanto. Há muito tempo atrás, num certo dia, percebi que a felicidade está em um sorvete, em um filme, em uma risada, em um encontro com amigos.

E o que é felicidade agora?

19 junho 2010

Pare o mundo que eu quero descer.

Você já se sentiu com vontade de nascer de novo, e fazer tudo diferente???
Aquela sensação de: eu fiz tudo errado até aqui. Se eu tentar mudar, vai dar tanto trabalho.
Trabalho, trabalho. Não, não dignifica. Corrói.
Se eu pudesse ter tido outra infância, se meus pais pudessem ter continuado juntos, ou quem sabe se nem se conhecessem... Uma vez que nasci, fui a porra da princesinha do papai....Mas isto não durou quase nada. Penso que, se eu tivesse sido a princesinha do papai por mais tempo, não seria quem eu sou hoje. Seria o que eu mais odeio ver por aí.
Enfim, a infância molda as pessoas. A minha infância me moldou. Definitivamente que esta não foi como o Estatuto da Criança e do Adolescente escreve em linhas tão bonitas e justas para os pequeninos.
Não escrevo para demonstrar o quanto pais separados fodem com a vida de seus filhos. Escrevo porque, algo aconteceu. No meio do caminho, do meu desenvolvimento cognitivo, algo aconteceu.
Embora eu saiba que este algo tenha nome e sobrenome, eu era somente uma garotinha de sete anos. Eu poderia ter achado graça de todos aqueles discursos que me foram apresentados tão cedo. Mas não, eu me apaixonei. Apaixonei-me pela leitura, pela música, por estudar política e essas coisas que me fazem agora ser quem eu sou e não uma garota consumista que ouve o que a MTV vende.
Embora exista um herói nesta história, como tudo nesta vida, houve obstáculos. Este herói não me deu manual de instruções. Não me avisou que eu ter me tornado um ser pensante e diferente das pessoas do meu meio social geraria tanto preconceito. Não me alertou sobre as meninas que me odiariam, pois não sou tão superficial quanto elas. Não me avisou que meus pais não aprovariam nada desses pensamentos anti-sistema. Muito provavelmente meus pais nem conhecessem estes conceitos. Este meu “herói” não me avisou que eu seria etiquetada como esquisita e, quanto mais eu tentasse me encaixar, pior ficaria minha situação.
Não o culpo, afinal, algumas coisas eu teria de aprender sozinha. O problema é que talvez eu tenha demorado muito a entender que ser alguém pensante é melhor. É melhor que ser aceita na escola. É melhor que ter milhares de amiguinhas falsas e burras. É melhor que atrair o menininho mais bonito da 8º série. Eis que surgia minha maior falha, em todo o meu processo de construção de personalidade. Passei tanto tempo tentando me encaixar, tentando ser normal, tentando gostar dos programinhas e coisinhas e bandinhas que as minhas amiguinhas gostavam, que me corrompi. Não, não pense que mudei. Que depois de toda essa luta, tornei-me ao fim uma pessoinha pequena e normal. Não, não me tornei. Continuo aqui, com todos os meus questionamentos, pensamentos, desassossegos, enigmas e estigmas. Porém, se eu tivesse descoberto antes o que poderia ter me tornado. Ah se isto eu tivesse feito!!!! Eu não teria perdido tanto tempo tentando me encaixar e usaria – o para me aprimorar. Aprimorar-me nas coisas em que eu sempre fui boa. Fato que ocorreu com vários dos meus amigos pensantes.
O que me ocorre agora é que estou entre estas duas verdades: aquela das pessoas bobinhas e corrompidas e aquela das pessoas pensantes. Tentei por tanto tempo ser normal, que talvez parte de mim tenha conquistado este feito. E isto é triste. O que me resta agora? Correr atrás da minha verdadeira essência, dos meus verdadeiros planos. Vejo agora, nunca deveria te-los abandonado! O que me resta agora? Correr atrás das coisas que eu já deveria saber. Recuperar o tempo perdido. Isso dá trabalho, certo? Mas isto vale a pena. É um plano de vida. Não posso desistir agora. Para ao fim olhar para trás, e ver significados.
Sim, às vezes desejo ser criança de novo... E, ao invés de chorar porque as patricinhas não gostavam de mim, mergulhar cada vez mais naquelas bandas “esquisitas” e naqueles livros “perigosos”. Em parte fiz isso, Em muitos momentos fiz isso. Mas não foi suficiente.
O que será suficiente? Diminuir este atraso intelectual? Talvez. Por enquanto, não vejo outra forma de retornar ao que eu deveria ter sido e não fui por descuido.
Esta será uma viagem, daquelas viagens difíceis, cheias de problemas no caminho. Como se eu desejasse percorrer o país de bicicleta. Mas, talvez ao fim, eu perceba que muitos frutos colhi pelo caminho. E estes frutos, somados aos que eu tenho me tornarão em alguém. Em alguém que eu sempre desejei ter sido e não o fui de maneira completa.

10 junho 2010


Porque de repente se tornou coisa fácil tratar as pessoas com respeito e calma. Porque estás a pensar toda vez antes de agir agora. Sempre levando em conta a imagem do futuro..."O que a futura Carol faria?". Porque, meus amigos, o futuro é agora.

02 abril 2010

Querer é poder?


Poxa, eu quero.Como eu quero.Eu preciso ser alguém melhor.Mas eu me perco nos devaneios, nas loucuras e ventanias que me cercam.Nunca sei se estou certa, acho que tenho medo de tomar decisões (acho = é, esse acho já diz muita coisa mesmo).Me disseram:não se pode viver para sempre encima do muro.Logo eu, tão radical?Em cima do muro?

Eu quero ajudar as pessoas.Sabe aquela pessoa que está sempre disposta a ajudar?Que tem uma energia boa?Po, cansa sabe, ser a "from hell" de onde quer que eu vá.Cansa, cansei.Nunca serei um docinho de coco, fato.Só quero ser mais leve.

Quero e o meu querer basta para ser.Tornarei-me o que hoje eu sou.O que hoje eu desejo.
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Sorohell
Devaneios e ventania.Tolices de uma garota quieta que fala demais.